Nome Original: Koutetsujou no Kabaneri
Roteiro: Ichiro Okouchi (Code Geass)
Direção: Tetsurou Araki ( Death Note, Shingeki no Kyojin)
Estúdio: Wit Studio ( Shingeki no Kyojin, Rolling☆Girls)
Ano: 2016
Gênero: Ação, Steampunk
Classificação: +17
Capítulos: 12
Obra Original
Em um Japão alternativo Steampunk/Medieval assolado por zumbis que surgiram durante a revolução industrial, aqui chamados de Kabanes, onde samurais, xoguns e cidades muradas convivem com armas pneumáticas, trens a vapor fortificados cruzam todo o país. E é em um trem, o Koutetsujou, que boa parte da trama é desenvolvida e se essa máquina pode ser considerada um personagem, talvez ela seja um dos mais carismáticos do anime.
E sobre os personagens, temos o protagonista, Ikoma, um mecânico de locomotiva que tem como objetivo aniquilar todos os mortos vivos, só que logo no primeiro episódio ele acaba mordido, mas consegue travar a transformação (Opa! Ele virou a coisa que ele mais odeia? Eu já vi isso antes), o que o torna resistente a outras mordidas de Kabanes. Ikoma também inventa uma arma capaz de perfurar o coração revestido de metal dos monstros e fica super empolgado, mas dá para perceber logo, que existem outras formas de matar o inimigo e tem gente que é muito bom nisso.
Mumei, é um desses casos, ela é muito ágil e derrotas os Kabanes facilmente e assim como o personagem principal, Mumei é meio Kabane, ou Kabaneri, como ela prefere ser chamada. Esses dois são realmente os únicos que importam, uma pena porque eu tinha expectativas que a maquinista fosse interessante…
Com o tempo Ikoma e Mumei começam a se relacionar, e do nada o herói decide que quer tornar sua amiga humana de novo e convence ela que isso é uma boa ideia, mas na verdade ele, apesar de todo seu ódio, deveria pensar pelo lado positivo, agora eles são mais resistentes, rápidos e uteis a tripulação, e só precisam de um sanguinho para se sustentarem, então que tal aniquilar a ameaça primeiro?
A junção do mundo pré-moderno com a Idade Média japonesa ficou muito interessante, o uso dos trens como habitat humano e único meio de transporte de longa distância, lembra de leve o filme O Expresso do Amanhã. O anime não dá nenhuma ideia de o que está acontecendo no restante do mundo, se os Kabanes já se espalharam por toda a terra, o único indicio que temos de terras estrangeiras é um personagem gringo, que inclusive foi interpretado por um americano Maxwell Power, um ponto positivo, pois eu acho que isso é raro, na maioria das vezes temos um dublador japonês emulando línguas estrangeiras.
Positivo também são as cenas de ação, que são bem dinâmicas e a arte da animação também é bem-feita, devo admitir que o design dos personagens parece meio antigo, enquanto as CGI são bem suaves, tudo feito sem relaxo, talvez o fato de ser uma produção original ajude na plasticidade.
Pena que a trama não empolga, o pequeno mistério que existe não é instigante e nem te faz torcer por uma segunda temporada, apesar de já ter sido anunciada.
Kabaneri of the Iron Fortress tem suas qualidades, mas acredito que ele esteja ganhando mais atenção do que merece, o anime não é mais que um Attack on Titan classe B.
Obs: Eu assisti esse anime no Amazon Prime Video legendado, por falta de opção, em Português de Portugal e foi uma ótima pedida, a língua mais rebuscada deu um clima antigo a época retratada.