Autor: Shūzō Oshimi
Ano: 2013
Gênero: Drama, Psicológico, Coming of age
Estúdio: ZEXCS
Diretor: Hiroshi Nagahama
Capítulos: 13

O estudante Takao Kasuga, esqueceu seu livro predileto, As flores do Mal, na sala de aula, quando vai busca-lo ele encontra o uniforme de Educação Física de sua Musa, o garoto não resiste e leva as roupas para casa. Porém ele estava sendo observado por Sawa Nakamura, que começa a fazer chantagem com o colega de classe.

Resenha:

Vou começar pela arte que é o que mais chama atenção e foi muito criticada, pois na maioria dos animes se busca uma semelhança ente o mangá e sua versão animada, Aku no Hana foi na direção oposta. Abandonando os traços bonitinhos e kawaii, a produção optou por usar Rotoscopia na produção, fazendo as animações em cima de atores, tornando tudo mais real, os cenários ficaram incríveis, os personagens, causam sim uma estranhamento, mas resista aos primeiros episódios e logo isso não vai te incomodar. Só faltou trabalhar um pouco mais os traços dos rostos, as emoções faciais ficaram rasas.
Essa técnica até faz a trama se tornar mais crível, é quase como assistir um Dorama.

A trilha sonora é muito boa, ajuda a criar o clima tenso, a Opening é bem legal, parece bem um adolescente gritando, já o melhor é o Ending, com seu anti-ritmo e jogos de palavras. O anime também utiliza tanto a abertura quanto o fechamento intercalando com cenas do desenho, flashbacks e flashfowards as vezes em preto e branco.

A trama é basicamente um estranho triangulo amoroso entre colegas de classe, Takao Kasuga, um adolescente viciado em livros cabeça, que se orgulha de seu gosto literário e considera que isso o faz diferente e melhor que seu amigos. Atras da carteira dele senta-se Sawa Nakamura uma garota esquisita, encrenqueira, pervertida, que para quebrar o tédio, tem como passatempo manipular garotos. Considerada uma das mais belas da turma, Nanako Saeki, é a Musa do Takao, e o que ela tem de beleza ela tem de baixa estima  e auto-confiança.

Apesar dos personagens da historia foram baseados em pessoas reais que o autor conviveu, muitos comportamentos são estranhos. Esse trio não bate bem da cabeça, mas a pior é a Saeki, certa hora da pena dela, ela é tão carente e insegura que começou a namorar o Takeo, simplesmente por que ele foi o primeiro a pedir.

“Isso me fez pensar numa coisa, deixa eu abrir um parêntese (O paradoxo da mulher bonita: Você vê uma mulher bonita desacompanhada de um homem. Será que ela está sozinha porque quer e está dando bota em todos os caras que chegam nela? Ou, nenhum cara tem coragem de chegar nela porque pensam que vão levar bota?).”

Voltando, e mesmo depois dela saber de tudo que seu namora fez ela continua atras dele.

Se Saeki sofre por ser muito bonzinha, Nakamura é cruel, gosta de ver o circo pegar fogo, mas não deve ser considerada uma vilã.  Dá para perceber que ela é solitária e quando pega o protagonista roubando o uniforme, acredita que descobriu alguém igual a ela, é curioso que a primeira coisa que a garota pede para eles irem até o outro lado da montanha, provavelmente ela nunca saiu dessa cidadezinha.

A fim do desenho não acompanha o do mangá, trazendo varias cenas futuras soltas, que indicariam uma segunda temporada, nada confirmado ainda, dando um tom de incerteza, é bom e confuso.

Por fim, passando a barreira estética, Aku no Hana vai se mostrar um ótimo anime, que infelizmente foi muito criticado. Ele é basicamente sobre crise de adolescentes, sexualidade, se sentir incompreendido, sobre crescer e se aceitar, praticamente todo mundo passa por essa fase, então se você se relaciona com essas questões ou ainda tem paciência  com dramas juvenis, de uma chance.